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O prejuízo com a fraude chega a R$ 120 mil.
Ronaldo Alves da Silva registrava as viagens dele e de outros nove caminhões,
mas não entrega a água para a população.
O suspeito foi preso pela Polícia Militar na
quarta-feira (15), após ser flagrado com vários módulos de monitoramento,
chamados "mem". Esses equipamentos são instalados para que o Exército
monitore, via GPS, as viagens feitas pelos pipeiros para entregar água nas
localidades cadastradas na operação carro-pipa. Cada caminhão deve ter apenas
um módulo de monitoramento. Ronaldo foi preso com dez.
Um pipeiro recebe do Exército,
em média, R$ 12 mil. No caso dos 10 GPS apreendidos com o pipeiro de Campo
Alegre de Lourdes, foram quase R$ 120 mil.
O batalhão do Exército
responsável pela operação carro-pipa no norte da Bahia e sertão de Pernambuco
fica em Petrolina, cidade pernambucana vizinha a Juazeiro. Dos 33 municípios
atendidos pela operação carro-pipa, sete são do norte da Bahia. Ao todo, são
235 pipeiros, como são chamados os motoristas de carro-pipa, para atender quase
3 mil pontos de abastecimentos.
Essa é uma ação emergencial do Exército e,
quando realizada dentro das normas, chega a beneficiar, em média, 130 mil
pessoas. "Perde a sociedade, perde o sertanejo, que não recebeu essa água,
deixou de receber essa água por conta de uma fraude", disse o tenente
coronel Oliveira Leite.
Na fraude descoberta pela
polícia, um único caminhão-pipa levava, além do próprio módulo eletrônico, os
equipamentos que deveriam estar em outros caminhões contratados pelo programa.
Ele abastecia no manancial e registrava as
apanhas de água como se todos os caminhões estivessem abastecendo. O caminhão,
então, realizava o percurso simulando as entregas de água.
As entregas que não aconteceram, eram
registradas nos cartões eletrônicos dos pipeiros e dos representantes das localidades.
Assim, os pipeiros que participam do esquema gastavam menos e eram remunerados
sem ter prestado o serviço.
Por: Voz da Bahia