Reprodução/tv Globo |
No mês de julho, três mulheres
morreram somente no Rio de Janeiro.
Com as mortes de mulheres após
se submeterem a procedimentos estéticos no Rio, a Sociedade Brasileira de
Cirurgia Plástica (SBPC) e entidades médicas alertam para os cuidados que devem
ser tomados na hora de decidir fazer um tratamento estético ou uma cirurgia
plástica e evitar pessoas que atuam de forma irregular e clandestina.
Silicone – O único silicone
autorizado para aplicação no corpo é o de grau médico – que é envolto em
cápsulas de revestimento, os chamados implantes de silicone. O silicone
industrial é proibido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
por causar danos à saúde. O produto se espalha facilmente pelo organismo.
“A gente não sabe para onde
vai [silicone industrial]. Pode colocar no glúteo e parar no pé. Vai descendo
pela perna”, explica o presidente da SBPC regional Rio de Janeiro, André
Maranhão.
Já o polimetilmetacrilato
(PMMA), componente plástico (em formato de gel), pode ser usado para o
preenchimento cutâneo de pequenas áreas do corpo. De acordo com a Anvisa, só
pode ser aplicado por médico treinado. E cabe ao médico definir a quantidade
para cada paciente.
Apesar de oferecer
possibilidade menor de migrar pelo corpo, apresenta também risco à saúde,
segundo Maranhão.
Para tratamento na região
glútea, o cirurgião plástico destaca o implante de silicone ou a lipoescultura
como procedimentos mais adequados.
Formação – A recomendação é
procurar um profissional qualificado em tratamentos estéticos, como cirurgião
plástico. Para atuar nessa área, é exigido formação de seis anos na faculdade,
dois anos em cirurgia geral e três anos em cirurgia plástica.
“São 11 anos de estudo para
permitir ao médico realizar um procedimento com segurança e, caso aconteça
alguma intercorrência, ele seja capaz de diagnosticar e de tratar em tempo
hábil”, diz o diretor-geral da SBCP Nacional, Leandro Pereira.
Por: bahia.ba