Ex-assessor de Flávio
Bolsonaro, Fabrício Queiroz concedeu entrevista ao SBT
O policial militar da reserva
Fabrício Queiroz , ex-assessor do deputado estadual Flávio Bolsonaro , afirmou
que sua movimentação financeira, considerada atípica pelo Conselho de Controle
de Atividades Financeiras ( Coaf ), é fruto de compra e venda de veículos. A
declaração foi dada em entrevista ao SBT .
— Eu sou um cara de negócios,
eu faço dinheiro, compro, revendo, compro, revendo, compro carro, revendo
carro, sempre fui assim, gosto muito de comprar carro de seguradora, na minha
época lá atrás, comprava um carrinho, mandava arrumar, revendia, tenho uma
segurança — afirmou.
Queiroz afirmou que seus
rendimentos mensais giravam em torno de R$ 23 mil a R$ 24 mi. Cerca de R$ 10
mil" era do salário que recebia como assessor e o restante da remuneração
como policial militar. Questionado sobre a origem do dinheiro movimentado em
sua conta, Queiroz disse que iria esclarecer ao Ministério Público. O advogado
de Queiroz disse que ele recebeu R$600 mil ao longo de um ano.
— Ele recebeu aproxidamente R$
600 mil ao longo do ano. Então esse movimento de depósito e saque fez com que
dobrasse esse valor. Então, se você tirar uma fotografia disso realmente dá um
valor muito alto, mas quando você vai olhar o filme vê que aquilo ali não faz
sentido — afirmou.
Ao ser questionado se parte do
valor teria sido repassado ao deputado estadual Flávio Bolsonaro, Queiroz nega
e diz: “Não sou laranja”.
— No nosso gabinete, a palavra
é: não se fala em dinheiro, não se dá dinheiro. É proibido falar em dinheiro no
gabinete. Isso é uma covardia! — afirmou.
O ex-assessor afirmou que vai
esclarecer os repasses ao MP. Ao ser questionado porque a filha não dá
expediente no gabinete, Queiroz diz que não há espaço no gabinete.
— Na Alerj não tem como ficar.
Além do nosso gabinete ser muito frequentado, não tem espaço para todos os
funcionarios. A minha filha, se eu não me engano, sempre cuidou da mídia do
deputado. Ela tem o laptozinho dela. Ela cuidava da mídia. Ela vai dar as
explicações dela — afirmou.
Fonte: O Globo