Troca de tiros entre criminosos e policiais deixou 14 mortes em Milagres; pelo menos seis pessoas mortas eram reféns de duas famílias — Foto: SVM |
Criminosos com reféns trocaram
tiro com policiais durante tentativa de ataque a banco. Pelo menos seis das 14
vítimas eram reféns, cinco da mesma família.
Duas pessoas baleadas no tiroteio durante uma
tentativa de ataque a bancos em Milagres, no interior do Ceará, morreram no
início da noite desta sexta-feira (7). Com os óbitos, sobe para 14 o número de
mortes no tiroteio. Das 14 vítimas, seis foram identificadas como reféns e
outras seis são criminosos; a polícia não tem informações sobre outras duas
pessoas mortas.
Três suspeitos foram presos. A
polícia vai ouvir o depoimento dos detidos para tentar identificar o restante
da quadrilha, de acordo com a Polícia Militar de Milagres.
Três suspeitos de participação no ataque com 12 mortes foram presos — Foto: Antônio Rodrigues/SVM |
Doze pacientes morreram no
local do tiroteio, na Rua Presidente Vargas, no Centro de Milagres. Duas
pessoas baleadas estavam em hospitais das cidades de Barro e Brejo Santo. O
Instituto Médico Legal de Juazeiro do Norte confirmou a morte dos dois às
18h40. A identidade dos dois não foi revelada e não se sabe se eles eram
criminosos ou reféns.
Mais cedo, a Polícia Militar
confirmou que seis de 12 vítimas que morreram no local eram membros de duas
famílias mantidas reféns pelo bando. Os policiais investigavam o bando e foram
alertados de que eles pretendiam atacar as agências bancárias de Milagres.
Madrugada de terror
A tentativa de roubo aconteceu
por volta de 2h17 da madrugada. Houve confronto entre os policiais e os
criminosos. Diversos carros da PM foram usados para conter a quadrilha. Devido
à ação da Polícia Militar, o grupo criminoso não conseguiu levar o dinheiro de
nenhum dos estabelecimentos bancários. As duas agências ficam na Rua Presidente
Vargas, no Centro do município, que tem 28 mil habitantes.
Por volta de 21h30, uma
família sai de Serra Talhada, em Pernambuco, para pegar familiares que viajavam
de São Paulo para Juazeiro do Norte, no Ceará. João Batista foi junto com o
filho, Vinícius, para receber a cunhada, Cleoneide; o marido dela, Cícero Bertolone;
e o filho do casal, Gustavo
Uma segunda família, de Brejo
Santo, no Ceará, também segue a aeroporto de Juazeiro do Norte para receber
familiar
As duas famílias saem juntas,
em dois veículos, de Juazeiro do Norte de volta as suas respectivas cidades,
uma para Serra Talhada e outra para Brejo Santo
Na BR-116, na altura da ponte
sobre o riacho Tamandu, que dá acesso à cidade de Milagres, e trecho em comum
de ambas as famílias, criminosos usam um caminhão bloqueando a estrada e faz as
duas famílias reféns
Oito pessoas, das duas
famílias, são levadas como reféns até o centro de Milagres, onde ficam as
agências do Banco do Brasil e Bradesco
Durante o crime, o pai de um
homem identificado como Genário, de Brejo Santo, passa mal, e o filho pede para
que ele cuide do pai; ambos são liberados pelos criminosos. A irmã de Genário,
Francisca Edenice, continua como refém dos criminosos
Os cinco membros da família de
Serra Talhada continuam como reféns
Policiais militares chegam ao
local do crime e trocam tiros com os criminosos. Catorze pessoas morrem, sendo
pelo menos seis reféns e pelo menos seis criminosos. Destas seis, cinco são os
membros da família de Serra Talhada (PE) e um da família de Brejo Santo.
Por:G1 CE