Helicóptero sobrevoa viaduto na BR 020 atingido por bomba na quinta-feira (10)
O Povo/Folhapres |
Explosão ocorreu na base de
sustentação da estrutura, mas, segundo a Prefeitura, não comprometeu o viaduto
localizado no bairro de Messejana
De acordo com a prefeitura,
apesar de a explosão ter ocorrido na base de sustentação da estrutura, não
ocorreram danos significativos. No local, não há intensa circulação de
pedestres. A bomba marca o 10º dia de ataques a prédios públicos, como a Câmara
dos Vereadores, uma rádio, ônibus incendiados, postos de saúde e prejuízos a
equipamentos rurais, como máquinas de irrigação.
A SSPDS (Secretaria da
Segurança Pública e Defesa Social) informou que, até a tarde da quinta-feira
(10), 287 suspeitos foram presos ou apreendidos por participação nos atos
criminosos registrados nos últimos dias no Estado. Na sexta-feira (4), chegaram
ao território cearense 300 homens das Forças Armadas e 100 policiais militares
da Bahia, além de equipes de outros estados para reforlar a segurança
Onda de violência
Os episódios de violência
fizeram as administrações estadual e municipal a se reunir para traçar um
planejamento para garantir o funcionamento dos serviços públicos à população em
meio à crise.
Os ataques a ônibus e a
prédios públicos tiveram início após a declaração do novo secretário de
Administração Penitenciária do Estado, Luís Mauro Albuquerque, que não
reconhece facções criminosas no Ceará. Ele confirmou que a divisão de presos
por unidades não irá mais obedecer a distribuição por vínculos com organizações
criminosas.
O governador Camilo Santana,
que assumiu na terça-feira (1°) o segundo mandato para o qual foi reeleito em
outubro de 2018, havia dito em janeiro do ano passado que, das 441 mortes
registradas nos primeiros 29 dias de 2018, 84% eram vinculadas às facções
criminosas. O principal grupo criminoso do Ceará é o GDE (Guardiões do Estado)
que atua junto ao PCC (Primeiro Comando da Capital). Além desses, há grupos da
facção CV (Comando Vermelho) no estado.
A crise na segurança pública
também teria sido motivada apreensão de 400 celulares em presídios do estado.
Os aparelhos teriam facilitado as ordens para rebeliões. Desde a quarta-feira
(2), foram registrados cerca de 100 ataques em todo o Estado. Em represália, as
autoridades responsáveis cancelaram visitas nos presídios e retiraram
televisões.
Por:R7