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piso de um apartamento situado
no bairro do Pinheiro cedeu, na manhã desta terça-feira (15), causando mais
prejuízos e assustando os moradores do bloco 16 A do Edifício Juá, no conjunto
Jardim das Acácias.
"O apartamento está
alugado, chegamos aqui hoje para vistoria da Defesa Civil e, quando abrimos a
porta, percebemos este afundamento. A nossa inquilina ainda não havia relatado essa situação, então
acreditamos que aconteceu hoje", disse Roberto Brandão, dono do
apartamento.
"A princípio, o que
faremos é analisar se a estrutura da casa está condenada para, se necessário,
retirar os moradores, mas ainda não podemos concluir a causa deste afundamento.
A análise que está sendo feita nesta rua deve ajudar", explicou Jairo
Correia, geofísico do Serviço Geológico do Brasil (SGB).
Segundo Jairo, o afundamento
do piso do apartamento não deve ter relação com o tremor, por se tratar de uma
região de aterro, em que é comum esse tipo de afundamento acontecer.
Geofísicos estudam as causas
Desde as primeiras horas do
dia, novas equipes de geofísicos vindos de universidades e órgãos federais do
Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília se juntaram ao grupo de geólogos para
estudar as possíveis causas do afundamento do bairro do Pinheiro.
A equipe está realizando uma
atividade de eletroatividade, fazendo perfurações "para dar choque no
solo". O serviço deve durar o dia todo e tem o objetivo de entender o
motivo dos afundamentos e do tremor sentido há quase um ano.
"Os choques não devem ser
sentidos na superfície, mas eles aconteces em até 60 metros de
profundidade", explicou o técnico. Dez ruas do bairro receberão a análise,
que deve ser concluída até o dia 24 deste mês.
"Cada material que tem no
solo tem uma coisa que se chama resistividade, é uma propriedade elétrica do
material. Com essa resposta que a gente adquirir aqui, vamos saber que tipo de
material tem ou se não tem material", pontuou.
Vários estudos estão sendo
feitos nas áreas afetadas para tentar chegar ao causador das rachaduras.
"Esse que estamos fazendo
aqui é um estudo complementar. Tem a batimetria sendo realizada na lagoa, tem a
análise dos geólogos sobre os riscos, tem uma série de estudos que podem ser
realizados posteriormente também", ressaltou.
O serviço realizado pela
equipe vai alterar a rotina dos moradores e também dos motoristas que
circularem pela região. Nesta terça-feira, até as 15h, de 10 em 10 minutos, a
rua Professor Mario Marroquim terá o trânsito interditado para a realização dos
estudos.
Já a rua Manuel Menezes ficará
completamente interditada até as 15h. Uma equipe da Superintendência Municipal
de Transporte e Trânsito (SMTT) está no
local para organizar o trânsito e orientar os condutores.
Afundamento do asfalto
No início da manhã de hoje, um
vazamento de água no bairro do Pinheiro provocou alagamento na Rua Cônego
Cavalcante, onde parte do asfalto e da calçada foi danificada.
A equipe de reportagem da TV
Gazeta esteve no local e constatou o grande vazamento proveniente de uma tubulação.
Populares relataram que o fato ocorreu durante a madrugada e que, dias antes,
houve um problema na tubulação.
Com o vazamento, a calçada
cedeu e motoristas devem redobrar a atenção na localidade. O alagamento
compromete grande extensão da via. Uma equipe de técnicos da Companhia de
Saneamento de Alagoas (Casal) ficou de comparecer ao local para fazer o
conserto da tubulação.
Por:Jornal de Alagoas