José Nivaldo Emídio foi condenado a mais de 24 anos de
prisão
FOTO: HEBERT BORGES
|
José Nivaldo foi condenado por
duplo homicídio qualificado por recurso que impossibilitou a defesa da vítima e
feminícidio, além de lesão corporal
Acusado de matar a irmã após
uma discussão por não ter comida preparada em casa, José Nivaldo Emídio foi
condenado a 23 anos e quatro meses de prisão, em regime fechado, pela morte da
irmã Maria Lúcia Emídio, e mais um ano, três meses e três dias por lesão
corporal leve contra a sobrinha, Marilúcia Emídio. O julgamento, realizado
nesta quarta-feira (27), foi conduzido pelo juiz Geraldo Cavalcante Amorim, na
9ª Vara Criminal de Maceió.
José Nivaldo foi condenado por
duplo homicídio qualificado por recurso que impossibilitou a defesa da vítima e
feminícidio contra Maria Lúcia Emídio e lesão corporal contra Marilúcia Emídio.
O promotor de Justiça,
Leonardo Novais, afirmou que as expectativas fora atingidas e que o conselho de
sentença foi sensato e justo. "O resultado do julgamento foi a contento,
conforme o Ministério Público esperava. Pedimos condenação em duplo homicídio
qualificado por feminicídio e sem direito à defesa, as teses defensivas foram
rechaçadas e as do Ministério Público acolhidas pelo conselho de sentença. A
pena foi adequada, em relação a este homicídio, e sobre a lesão contra a
sobrinha é uma pena natural para o tipo de crime. Somadas as penas, chegaram a
quase 25 anos, então entendemos que foi feito justiça no caso e que a
condenação resultou das forças de investigação da polícia, do Ministério
Público e também das exposições feitas em plenário", declarou.
Caso
Segundo a denúncia do
Ministério Público de Alagoas, José Nivaldo chegou em casa, onde estavam a
vítima, outro irmão e sua sobrinha, Marilúcia Emídio, e ao perceber que não
tinha comida preparada, começou uma discussão com Maria Lúcia.
O réu teria xingado e ameaçado
a irmã após ela responder às provocações, dizendo que "ela pagaria pelo
que havia dito". Após a discussão, o acusado desferiu facadas na nuca e
nas costas de Maria Lúcia e lesionou sua sobrinha no braço esquerdo, quando ela
tentou impedir as agressões.
Ao serem ouvidos, os vizinhos
afirmaram que José Nivaldo era usuário de drogas, abusava do álcool e já era
violento com a irmã há anos. Em depoimento, a vítima sobrevivente e sobrinha do
acusado contou que Maria Lúcia costumava deixar comida pronta para José
Nivaldo, que a jogava pela casa e no quintal. O réu confessou o crime e disse
que já tinha agredido a irmã sob efeito de álcool outras vezes.
Por:Gazeta Web