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Karina Rodini nasceu com
neurofibromatose e já passou por mais de 15 cirurgias — uma delas, inclusive,
para a retirada de um cisto de 8kg
Uma brasileira natural de
Curitiba, no Paraná, vem chamando a atenção do mundo pela luta contra uma
doença rara. Karina Rodini, de 28 anos, nasceu com neurofibromatose tipo 1, uma
condição genética que começa discreta, mas, com o tempo, causa tumores gigantes
pelo corpo.
A paranaense, que foi notícia
até em jornais britânicos, como Mirror e The Sun, conta ao R7 que os primeiros
sintomas surgiram quando ela ainda era bebê. Os pais notaram no corpo dela
pequenas manchas lisas, chamadas de “café com leite” por especialistas, e
procuraram um médico. “Na primeira consulta, ele disse que não era nada, apenas
manchas. Se ainda hoje a doença é desconhecida, imagine 28 anos atrás”, diz.
O diagnóstico veio apenas
quando Karina tinha oito anos, mas não chegou a comprometer a infância dela.
“Eu era muito nova, não sabia o que era ter uma doença. Sempre levei uma vida
normal, brinquei, estudei… rotina de criança, mesmo”.
As complicações começaram a
surgir em 2002, quando ela tinha 12 anos, e resultaram na primeira cirurgia: a
retirada de um cisto de 8kg no útero. De lá para cá, foram mais de 15
intervenções para amenizar os efeitos da doença no corpo.
“A neurofibromatose traz
varios problemas com ela, sinto fortes dores na coluna, tenho uma escoliose
severa. Também perdi meu campo visual, não vejo quase nada do lado esquerdo.
Nos últimos três anos, eu piorei muito, o tumor cresceu demais”.
“Já sofri muito com
xingamentos bem ofensivos. Hoje em dia, as pessoas olham muito, e na internet
os ataques ficaram maiores depois que postei pela primeira vez”.
Karina revela que as
dificuldades causadas pela neurofibromatose vão além das questões físicas — ela
tem de lidar, também, com o preconceito. “Já sofri muito na escola com
xingamentos bem ofensivos. Hoje em dia, as pessoas olham muito, e na internet
os ataques ficaram maiores depois que postei pela primeira vez sobre o meu
problema”.
‘Vaquinha’ online
Karina afirma que o tratamento
exige muito dinheiro, já que são muitos exames, consultas, remédios e
cirurgias. Para ajudar a arcar com as despesas, já que está sem auxílio-doença,
ela criou uma ‘vaquinha’ online. Se quiser contribuir, Clic Aqui:
O maior sonho
“Meu sonho é acordar e me ver
‘limpa’, sem essa doença, e ter uma vida normal. Quero poder trabalhar, ter meu
dinheiro, sair, viajar e ir à praia de biquíni. Desejo que, no futuro,
descubram a cura e que ninguém mais sofra não só dessa doença, mas de todas.
Ninguém merece viver com doenças, não sei porque elas existem”, desabafa.
Por: Givanildo.com.br