Alexandre Souza destaca a
necessidade de os gestores se manterem sempre atualizados, independente do grau
de instrução
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Pouco engajamento dos servidores
e falta de emprego e renda para a população completam a lista de entraves,
analisa consultor em gestão pública
Alexandre Souza destaca a
necessidade de os gestores se manterem sempre atualizados, independente do grau
de instrução
Os principais problemas
apontados hoje pelos prefeitos do Brasil afora são a falta de engajamento dos
servidores públicos, a falta de recursos para investimentos e a falta de
emprego e renda para a população, que acaba comprometendo a economia local. A
avaliação é do consultor em gestão pública Alexandre Souza, idealizador do
Encontro Prefeitos do Futuro, realizando anualmente em Brasília (DF).
"Existe um estudo
divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, chamado Perfil
dos Municípios Brasileiros (Munic 2017), que mostrou que 54,4% (3.029) dos
gestores municipais tinham curso superior completo. Por outro lado, dos demais
2.541 gestores, 4,6% não haviam completado o Ensino Fundamental, 7,3%, tinham
apenas o Ensino Fundamental completo e 33,8% concluíram o Ensino Médio",
revela Souza.
"O mundo muda cada vez
mais rápido e o conhecimento não está mais necessariamente numa cadeira de
universidade. Mas como professor de MBA, eu sei da importância de se passar por
uma graduação, porém, é possível absorver ferramentas modernas de gestão e
liderança, mesmo aqueles com o ensino fundamental", completa o consultor,
em entrevista à Gazetaweb.
De todos os setores sociais
(saúde, educação, mobilidade urbana, segurança etc), os prefeitos sempre elegem
um para se queixar, principalmente quando envolvem projetos idealizados pela
União, mas que quase sempre recaem para os municípios a canalização de recursos
para a manutenção. Um caso atual são as Unidades de Pronto Atendimento - as
UPAs. Para contornar esse problema, Alexandre Souza prefere apostar em
alternativas.
"Temos buscado
alternativas criativas, com baixo ou nenhum custo para as prefeituras nas áreas
citadas. Não é porque é tecnológico que tem que ser caro. Independente de quem
é a responsabilidade, apresentamos aos prefeitos soluções inovadoras já
testadas em outras partes do mundo e eles decidem se usam ou não", conta.
"Em nosso encontro recomendamos fortemente que os prefeitos levem os seus
secretários", diz.
Por: Gazeta Web