Foto: José Cruz/ Agência Brasil |
Aumento do preço do botijão
de gás é o principal motivo
O aumento desregrado do uso
de lenha nas casas trará consequências negativas tanto para a saúde quanto para
o meio ambiente do país. Esse é um dos alertas do estudo desenvolvido pela
professora Adriana Gioda, do Departamento de Química do Centro Técnico
Científico da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (CTC/PUC–Rio).
Dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados em maio deste ano
mostraram que 14 milhões de brasileiros usavam lenha ou carvão para cozinhar
alimentos em 2018, aumento de 3 milhões de pessoas em comparação a 2016.
“Aumentou muito nos últimos dois anos”, comenta a professora.
Segundo Adriana Gioda, a
expansão do uso da lenha no preparo de alimentos no Brasil está relacionada ao
aumento do preço do botijão de gás liquefeito de petróleo (GLP).
“Isso é muito visto,
principalmente nas regiões mais pobres. No Nordeste, o aumento do uso de lenha
é muito maior do que nas outras regiões”, diz. Conforme a Agência Nacional do
Petróleo, Gás Natural e Biocombustiveis (ANP), a queda de 1% no consumo de GLP,
de 2017 para 2018, significou 13,2 bilhões de litros consumidos a menos em todo
o Brasil.
Em dezembro de 2017, quando
o preço do GLP na refinaria chegava ao maior valor até o momento (R$ 24,38), a
alta em relação a julho de 2017 atingia 37%.
Em maio de 2018, mesmo com queda
no preço das refinarias, o aumento acumulado desde julho de 2017 alcançava 24%,
de acordo com informações do Departamento Intersindical de Estatística e
Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Fonte:bahia.ba