Davi Maia denunciou caos no Lacen
durante pandemia
FOTO: DIVULGAÇÃO
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Apadrinhamento coloca em
xeque exames de Covid-19 feitos por laboratório do Estado
As denúncias sobre
apadrinhamento político, nepotismo, farra com dinheiro público na compra de
marmita, exames laboratoriais duvidosos e o caos administrativo no Laboratório Central
de Saúde Pública de Alagoas (Lacen) se avolumam e, apesar do pedido de
respostas de famílias que perderam seus parentes e das revelações de
funcionários e de deputados, o governador Renan Filho (MDB) segue em silêncio.
Não há sequer uma nota.
Os novos elementos reforçam
a denúncia da família do acreano José Dagmar Xavier da Rocha, que morreu aos 64
anos, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Trapiche da Barra, em março,
que informa não ter dúvidas de que o idoso não faleceu com a Covid-19.
O quadro caótico de
ingerência no Lacen começou a figurar na imprensa após familiares de supostas
vítimas do novo coronavírus colocarem em xeque os resultados feitos em Alagoas,
já que as contraprovas vão no sentido contrário. O primeiro "caso" de
óbito é emblemático.
Ao peregrinar por hospitais
e órgãos públicos e, finamente, receber um documento timbrado com a logomarca
do Ministério da Saúde (MS) e do Laboratório Fiocruz, a família de José Dagmar
reforça, de posse do documento, a versão que o idoso não faleceu com a
Covid-19, como anunciou o governador. O papel em formato de exame foi exposto
nas redes sociais por parentes para contrapor o laudo inicial do Lacen. Agora,
os familiares dizem que vão processar o Estado e os médicos que atenderam o
paciente.
O anúncio sobre a morte do
acreano foi "feito em primeira mão" pelo governador, em suas redes
sociais. Foram por lá, Instagram, Twitter e Facebook, que os familiares
receberam informações sobre o óbito do idoso. O "obituário" governamental
foi duramente criticado pela família do acreano e por internautas.
O que eles não sabiam é que
havia um "combinado" entre as pastas para que a
"exclusividade" da morte fosse de Renan Filho. E assim foi feito. Com
pressa, a direção do Lacen comunicou o resultado ao atual chefe da Secretaria
de Saúde, Alexandre Ayres, para que ele tomasse conhecimento antes até mesmo da
família.
Denúncias de caos no Lacen reforçam necessidade de investigação
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Por:Gazetaweb