Nova nota aparece no mesmo contexto que suas antecessoras de R$ 2 e R$ 20: reduzir a demanda pelas notas de R$ 100 em momento que dinheiro vivo passou a circular mais na economia.
A criação da nota de R$ 200 anunciada nesta quarta-feira (29)
pelo Banco Central faz
parte de uma história de raras mudanças na gama de cédulas de real desde o
início de circulação da moeda. Trata-se de um novo valor pela primeira vez
desde 2002.
Há 18 anos, era lançada a nota de R$ 20,
último lançamento de quantia em nota no país. Um ano antes, em 2001, surgiu a
nota de R$ 2. No meio tempo, houve a aposentadoria da nota de R$ 1, em 2005.
Em comum, os lançamentos de cédulas têm um
mesmo objetivo: diminuir as transações feitas com dinheiro vivo, economizando
com impressão de papel moeda.
Para o lançamento das notas de R$ 2 e R$ 20, o Banco Central
havia realizado estudo que indicava redução de mais de 30% no uso de cédulas
com os novos valores. A lógica é simples: sem a nota de R$ 20, eram necessárias
quatro notas de R$ 10 para chegar a R$ 40.
A nota de R$ 200 aparecem em contexto
parecido. Neste mês, o governo teve um gasto extra de R$ 437 milhões para
impressão de cédulas, com o objetivo de imprimir R$ 100 bilhões adicionais em
dinheiro de papel.
De
acordo com a área econômica, a crise do novo coronavírus foi um dos motivos
para o aumento da procura. A pandemia levou as pessoas a
"entesourarem" recursos em casa, ou seja, manter reserva em cédulas.
Boa parte dos beneficiários, sobretudo os de menor renda,
preferiu sacar o benefício em espécie. Apenas segundo números da Caixa
Econômica Federal, mais de 20 milhões de saques foram feitos até essa
quarta-feira.
O primeiro lugar foi a tartaruga marinha,
usada na cédula de R$ 2. O segundo, o mico leão dourado, incorporado na cédula
de R$ 20.
Por:G1