Foto ilustrativa de seringa com vacina contra o coronavírus — Foto: Andre Melo Andrade/Estadão Conteúdo |
Brasil testa duas das cinco vacinas mais avançadas, segundo a Organização Mundial da Saúde; A China lidera entre as que estão na terceira e última fase de estudos, são 3.
O mais recente
balanço da Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que 166 vacinas estão em
desenvolvimento contra a Covid-19 em todo o mundo. Até terça-feira (21) ao
menos 24 delas foram registradas em fase clínica, que é a etapa de teste em
humanos.
Segundo a agência
de saúde da ONU, de todas as vacinas em desenvolvimento, cinco já estão em sua terceira e última fase de estudo. É somente depois desta
prova, em um número maior de participantes, que uma vacina pode ou não ser
licenciada e liberada para a comercialização, veja quais são:
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Sinovac (China)
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Instituto Biológico de Wuhan/Sinopharm (China)
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Instituto Biológico de Pequim/Sinopharm (China)
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Oxford/AstraZeneca (Reino Unido)
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Moderna/NIAID (EUA) – ainda não começou a recrutar voluntários
É somente na fase
3, com um número maior de participantes, que a eficácia da vacina é comprovada.
Um grupo de milhares de voluntários é avaliado antes de se considerar a
comercialização em larga escala.
A vacina de Oxford já está na sua terceira fase – e final –
de testes em humanos. Além dessa, apenas outra concorrente chinesa já chegou
tão longe nas pesquisas e ambas são testadas no Brasil. A China tem ao menos
oito vacinas em desenvolvimento, três delas na última fase.
Para se produzir
uma vacina, leva tempo. A mais rápida desenvolvida até o momento foi a vacina
contra a caxumba, que precisou de cerca de quatro anos até ser licenciada e
distribuída para a população.
Etapas da vacina
Antes de começar os
testes em voluntários, a imunização passa por diversas fases de experimentação
pré-clinica (em laboratório e com cobaias). Só após ser avaliada sua segurança
e eficácia é que começam os testes em humanos, a chamada fase clínica – que são
três:
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Fase 1: é uma avaliação preliminar
da segurança do imunizante,
ela é feita com um número reduzido de voluntários adultos saudáveis que são
monitorados de perto. É neste momento que se entende qual é o tipo de resposta
que o imunizante produz no corpo. Ela é aplicada em dezenas de participantes do
experimento.
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Fase 2: na segunda fase, o estudo clínico é ampliado e conta
com centenas de voluntários. A vacina é administrada a pessoas com
características (como idade e saúde física) semelhantes àquelas para as quais a
nova vacina é destinada. Nessa fase é avaliada a segurança da vacina,
imunogenicidade (ou a capacidade da proteção), a dosagem e como deve ser
administrada.
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Fase 3: ensaio em larga escala (com
milhares de indivíduos) que precisa fornecer uma avaliação definitiva da sua eficácia e segurança em maiores
populações. Além disso, feita para prever eventos adversos e garantir a
durabilidade da proteção. Apenas depois desta fase é que se pode fazer um
registro sanitário.
Segundo a Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para se fazer um ensaio clínico no
Brasil, é preciso da aprovação do Comissão Nacional de Ética em Pesquisa
(Conep), órgão vinculado ao Ministério da Saúde. Os voluntários são recrutados
pelos centros de pesquisa.
Por:G1