Flávia Carvalheiro de Mello recebeu alta da Covid-19 na segunda-feira (10), após 50 dias internada — Foto: Aquivo Pessoal |
Flávia Carvalheiro de Mello, de 58 anos, foi homenageada após ter alta, em Sorocaba (SP). Ela teve duas paradas cardiorrespiratórias, duas pneumonias e passou por traqueostomia.
Ainda com máscara, os olhos
de Flávia Carvalheiro de Mello, de 58 anos, não esconderam a emoção de estar
indo para casa. A moradora de Sorocaba (SP) sofreu duas paradas
cardiorrespiratórias, duas pneumonias e passou por traqueostomia durante o
tratamento contra a Covid-19. Após 50 dias internada, recebeu alta nesta
semana.
A paciente é mãe de três
filhos e dona de uma ótica no Jardim Emília, em Sorocaba. Após o serviço ser
autorizado a funcionar, Flávia continuou trabalhando.
Segundo a filha, Flávia estava com a imunidade baixa e isso pode ter afetado ainda mais na recuperação. "Foram dias difíceis, tensos, mas nunca perdi a fé. Dentro do meu coração eu tinha certeza que ela ia se recuperar", relata Fabiana
Flávia ainda não recuperou o
movimento nas pernas, mas começará o tratamento de fisioterapia em breve. “Se
Deus quiser, eu volto a andar”, conta.
O diagnóstico
Os primeiros sintomas que
surgiram foram cansaço e dor de garganta. No dia 15 de junho, Flávia procurou a
Unidade Pré-Hospitalar da Zona Oeste para saber se estava com a Covid-19.
Ao não notar uma melhora no estado de saúde, Flávia procurou um hospital particular e testou positivo para o coronavírus. A tomografia detectou na época que o pulmão já apresentava 25% de comprometimento.
Depois de alguns dias, o quadro piorou. Flávia foi internada na UPH da Zona Leste. No dia 22 de junho, foi encaminhada para o Hospital de Campanha de Sorocaba e após cinco dias, foi entubada e encaminhada para a Santa Casa da Misericórdia de Sorocaba.
De acordo com a filha,
Flávia ficou 17 dias entubada e sofreu duas pneumonias. "Quando minha mãe
acordou, ela ficou muito assustada. Ficou ruim psicologicamente e chorava
muito, porque ela só lembrava do momento antes da entubação", comenta
Fabiana.
Após a desintubação, Flávia
recebeu atendimento com psicólogo e com assistente social do hospital, o que
foi fundamental na recuperação. A comerciante teve alta na segunda-feira (10).
'Feliz por estar viva'
Mesmo com dificuldade de
falar, por causa da traqueostomia, Flávia contou que levava um estilo de vida
baseado apenas no trabalho e isso a fez refletir.
Por:G1