Em suas redes sociais na noite desta segunda-feira, 29, o governador Renan Filho (MDB) anunciou que nesta terça, 30 de março, divulga o novo decreto de distanciamento social, em live a partir das 17 horas (acompanhe ao vivo pelo TNH1). Como havia adiantado o jornalista Ricardo Mota, em seu blog no TNH1, o feriado de Páscoa motivou alteração no cronograma dos decretos, cuja validade venceria na sexta-feira, dia 02.
Como sempre, as novas
medidas só serão conhecidas a partir da coletiva, mas pelo o que deu a entender
o governador em entrevista nessa segunda, o novo decreto não deve ter grandes
recuos. A tendência é que sejam mantidos os atuais niveis de isolamento em todo
o estado, podendo haver, por conta do feriadão, um endurecimento nas restrições
de funcionamento do comércio e na movimentação da população, que já teve
circulação restringida pelo "toque de recolher".
"Ainda não é prudente e
nem razoável voltar à fase laranja. Somos um dos poucos estados do Brasil a não
colapsar. Feriado tem sido avaliado de duas maneiras. Por um lado ele tende a
ter aglomeração de pessoas, mas em outros lugares eles tendem a diminuir, com a
redução de transportes", disse, reticente, o governador à imprensa, ao
anunciar que se reuniria com o secretário de Saúde, Alexandre Ayres, técnicos e
empresários do setor produtivo para decidir os próximos passos, que serão
anunciados nesta terça.
Foto: Agência Brasil/Arquivo |
A manutenção dos atuais níveis de isolamento social - se confirmada - deve-se principalmente aos números da Covid-19 que não arrefecem no estado. Nos últimos dois boletins da Sesau, constam 22 mortes por Covid por dia, com queda apenas no número de novos casos, mas considerando-se aí uma baixa sempre comum nos finais de semana.
Segundo análise do Observatório Alagoano de Políticas de Enfrentamento à Covid-19, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), em reportagem do TNH1 desta segunda-feira, os óbitos por Covid aumentam 13% em Alagoas, e 'o cenário é extremamente crítico'.
O aumento de casos da doença entre os mais jovens e o índice de ocupação de leitos de UTI também prejudicam a matemática do governo na hora de tomar decisões. Segundo a Sesau, Maceió tem 84% das UTIs ocupadas por pacientes infectatos, e no interior esse índice chega a 87%.
TNH1