Apoio a Jair Bolsonaro, defesa da cloroquina, saudosismo pela ditadura militar e pelo fim do lockdown são algumas das pautas dos bolsonaristas que saíram às ruas neste domingo (14), no momento que o Brasil se encontra com sistema de saúde próximo ao colapso
Diversas cidades do Brasil
registraram neste domingo (14) protestos de bolsonaristas contra medidas de
isolamento para conter a disseminação do coronavírus.
Os manifestantes também
expressaram apoio ao presidente Jair Bolsonaro, que é contra a restrição à
circulação e ao comércio, e repúdio a governadores e prefeitos.
O isolamento é recomendando por especialistas e pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para conter a rápida circulação do coronavírus. Nas últimas semanas, com o aumento de casos e mortes pela COVID-19 no país, que provocou lotação de hospitais, diversas cidades e estados Em São Paulo, a manifestação ocorreu próximo ao Parque do Ibirapuera. Em carreatas, os manifestantes exibiam camisas e bandeiras do Brasil, faixas contra o governador de São Paulo, João Doria, e cartazes pedindo uma intervenção militar. O estado implementou um toque de recolher das 23h às 5h, com suspensão de serviços não essenciais.
No Rio de Janeiro, centenas
de pessoas se reuniram na orla da Avenida Atlântica, em Copacabana, em torno de
um trio elétrico. Os manifestantes expressavam apoio ao presidente e críticas
às medidas de restrição. Também havia faixas contrárias ao STF (Supremo
Tribunal Federal) e bonecos do ex-presidente Lula (PT) vestido de presidiário.
Em Brasília, houve
concentração na Esplanada dos Ministérios. Uma faixa no local pedia intervenção
militar.
Outras capitais e grandes cidades brasileiras registram protestos semelhantes, como Salvador, Porto Alegre, Belém, Fortaleza, São José dos Campos e Campinas. Os governadores foram um dos principais alvos dos manifestantes. Muitos dos presentes não usavam máscaras e não adotaram o distanciamento social recomendado.