Vacinação em Salvador contra Covid-19 segue na terça-feira apenas para aplicação da 2ª dose — Foto: Betto Jr/Prefeitura de Salvador |
Paralisação ocorre em Rio Branco, Salvador e João Pessoa. Além delas, Curitiba suspendeu a ampliação para novos grupos e, em Natal, não há doses da CoronaVac. Ministério da Saúde diz trabalhar para "ampliar a vacinação em todo país, mas a escassez de vacinas é uma realidade mundial".
Três das 27 capitais
brasileiras paralisaram a aplicação da 1ª dose da vacina contra a Covid-19
nesta quarta-feira (14) por falta de doses. São elas:
João Pessoa (que também deixou de aplicar a 2ª dose);
Rio Branco;
e Salvador.
Já Curitiba suspendeu a
aplicação da 1ª dose para pessoas com 66 anos ou mais, que havia começado nesta
terça-feira (13). Outros grupos que já vinham recebendo a primeira dose devem
continuar sendo imunizados.
E em Natal faltam doses da CoronaVac, uma das duas vacinas disponíveis no Brasil. A cidade continua fazendo aplicações com a vacina de Oxford.
Em 9 de abril, ocorreu paralisação em duas capitais, quando Curitiba e Goiânia alegaram falta de imunizantes. No mesmo dia, Brasília, Fortaleza e Macapá, com vacinação parada até então, normalizaram o serviço. Em fevereiro, o número de capitais afetadas pela falta de doses atingiu oito, com restrições ou sua suspensão.
O Ministério da Saúde informou, em nota, trabalhar "incansavelmente para ampliar a vacinação em todo país, mas a escassez de vacinas é uma realidade mundial. Mesmo assim, com as doses já confirmadas para chegarem neste' mês, o Ministério prevê que 1 milhão de brasileiros sejam vacinados diariamente". O órgão disse ainda: Os números previstos mensalmente são estimados de acordo com as previsões contratuais. No entanto, existem variáveis que não dependem do Ministério, como a aprovação de vacinas pela Anvisa, a velocidade de produção dos fabricantes e a importação de vacinas e insumos para a sua produção".
Veja, abaixo, a situação das
capitais com restrições na vacinação:
Curitiba
Aplicação da 1ª dose para
pessoas a partir de 66 anos, iniciada na terça, foi suspensa. Pessoas a partir
de 67 anos seguem recebendo o imunizante. A 2ª dose também continua a ser
aplicada. O governo do Paraná e a Prefeitura de Curitiba afirmam que as vacinas
enviadas pelo governo federal acabaram.
João Pessoa
Aplicação da 1ª e da 2ª
doses foi suspensa por falta de vacina, o que causou tumulto nesta terça. O
governador da Paraíba, João Azevedo (Cidadania), disse em uma rede social que o
estado deve receber novas doses neste sábado (17). Ele citou “a manutenção do
fluxo de entregas por parte do Ministério da Saúde” como ponto importante para
dar sequência à imunização.
Macapá
Por causa da falta de doses,
Macapá passou a vacinar apenas os idosos que já estavam com a 2ª dose agendada
– ofertou também a 1ª dose somente para idosos acima de 60 anos que, por algum,
tinham motivo faltaram às convocações anteriores. A prefeitura também
interrompeu a vacinação de quilombolas por causa de fura-filas. Além disso, a
vacinação de pessoas de 18 a 59 anos com comorbidades e profissionais das
forças de segurança, que já tinha começado, foi paralisada em razão do
esgotamento das doses enviadas pelo Ministério da Saúde.
Natal
Aplicação da 1ª e 2ª doses é
feitaa apenas com a vacina da AstraZeneca. Desde segunda-feira (12), não há
mais doses da CoronaVac devido à reserva técnica para aplicação da 2ª dose do
imunizante. Governo potiguar diz esperar novas doses do Ministério da Saúde
para normalizar os serviços.
Rio Branco
Parou de aplicar a 1ª dose
por falta de vacinas nesta terça. A 2ª dose continua a ser aplicada. Esta é a
quarta paralisação na cidade por falta de doses, segundo o governo do Acre e a
prefeitura da capital do estado. Não há prazo para normalização. O secretário
municipal de Saúde de Rio Branco, Frank Lima, afirmou que aguarda uma nova
remessa de imunizante do Ministério da Saúde para retomar a vacinação.
Salvador
Aplicação da 1ª dose está
suspensa para todos os públicos, mas a 2ª dose continua. A previsão é que a
retomada ocorra nesta quinta-feira (15), quando está prevista a chegada de uma
nova remessa de vacinas enviadas pelo Ministério da Saúde.
Por Tácita Muniz (G1 AC),
John Pacheco (G1 AP), Gabriel Gonçalves (G1 BA) e Pedro Brodbeck (G1 PR)