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  Reprodução Foi estipulada fiança de dez salários mínimos para que Ricardo Medeiros Rosa seja solto; MPAL havia pedido a preventiva

JUIZ CONCEDE LIBERDADE PARA SECRETÁRIO DE SAÚDE QUE MATOU MULHER ATROPELADA EM DOIS RIACHOS

 

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Foi estipulada fiança de dez salários mínimos para que Ricardo Medeiros Rosa seja solto; MPAL havia pedido a preventiva


O juiz Alfredo dos Santos Mesquita concedeu liberdade provisória ao ex-secretário de Saúde da cidade de Santana do Ipanema, Ricardo Medeiros Rosa, que matou uma mulher atropelada na última segunda-feira (26). Rosa estava embriagado quando foi preso. O magistrado estipulou fiança de dez salários mínimos para que o preso seja solto.

Segundo o juiz, “ainda não está presente nenhuma das condições legais que autorizam a segregação processual do flagranteado”. O juiz estipulou ainda algumas medidas que o secretário deve cumprir, como: comparecimento mensal ao Juízo de sua residência para informar e justificar suas atividades; proibição de frequentar bares ou casas noturnas e proibição de mudar de endereço sem prévia comunicação judicial.

Outras medidas impostas foram o recolhimento ao domicílio durante o período noturno, no intervalo entre 19h e 6h, inclusive aos finais de semana e feriados; proibição de ingerir bebidas alcoólicas ou apresentar-se em público em estado de embriaguez alcoólica; não frequentar bares, boates e casas de prostituição e não praticar qualquer infração penal.

A decisão do juiz contraria o que havia pedido o Ministério Público, que opinou pela conversão da prisão em flagrante em preventiva. De acordo com a promotora de Justiça Jheise Gama, da Promotoria de Justiça de Cacimbinhas, o MP entendeu que o secretário assumiu o risco de matar a vítima ao consumir bebida alcoólica e conduzir o veículo.

 

EXONERAÇÃO

 

Nesta quinta-feira (28), por meio das redes sociais, a Prefeitura de Santana do Ipanema informou que Ricardo Medeiros Rosa foi exonerado do cargo de secretário de Saúde do Município. No documento, a prefeitura diz que a exoneração se dá diante do atropelamento e morte de Jenilda Barreto.


O CASO

 

No caso do atropelamento, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que Ricardo Rosa havia ingerido bebidas alcoólicas. A amiga da servidora pública que morreu, Lenice Terto, relatou que as duas estavam às margens da rodovia BR-316, em um local considerado como seguro, quando foram surpreendidas pelo veículo do secretário. "A única coisa que lembro é da mão dela segurando a minha no momento da colisão", disse Lenice ao Portal 7 Segundos.

Segundo testemunhas, a ocorrência se sucedeu a pouco mais de 50 metros da casa de Jenilda, localizada próximo a uma das entradas principais de Dois Riachos. Após o atropelamento, o motorista fugiu sem prestar os primeiros socorros à servidora pública. Em seguida, após ser informada, a PRF encontrou o veículo do secretário - modelo Corolla e de cor preta -, que estava com danos no capô e no para-brisa.

Após teste do bafômetro, os agentes constataram que o motorista estava com nível de alcoolemia em 0,94. No entanto, a tolerância é de 0,04.

 

Hebert Borges/Gazetaweb

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