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  Cortesia A situação começou após uma denúncia de som alto, que gerou desdobramentos e versões conflitantes entre a PM e os denunciantes

"ME BATERAM TANTO QUE DESMAIEI", AFIRMA HOMEM AO DENUNCIAR AGRESSÃO POLICIAL NO AGRESTE ALAGOANO

 

A situação começou após uma denúncia de som alto, que gerou desdobramentos e versões conflitantes entre a PM e os denunciantes


"Bateram tanto em mim, que desmaiei e acordei apanhando ainda". A afirmação é de um homem que denuncia ter sido espancado por horas pela Polícia Militar, em São Sebastião, cidade do Agreste de Alagoas, no último domingo (21). Junto com ele, outro casal, de sua família, também afirma que foi agredido por policiais. Um boletim de ocorrência foi registrado. A Polícia Militar afirma que agiu em reação às agressões do trio.

O caso está sendo acompanhado pelo Ministério Público Estadual (MPE-AL) e pela Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB-AL). Segundo a comissão, 25 casos de agressão policial em Alagoas estão sendo acompanhados pelo órgão.

A situação começou após uma denúncia de som alto na madrugada do último domingo (21), que gerou desdobramentos e versões conflitantes entre a PM e três pessoas da mesma família. Eles foram acusados de cometer agressões físicas e verbais contra uma guarnição da Polícia Militar, incluindo, um deles de ter jogado pedra em um dos PMs. O advogado do casal e da terceira pessoa, André Faucz, afirma que, o que houve, na verdade, foi o uso excessivo de força por parte dos militares.

"Atiraram em mim e me agrediram sem parar. Deram tiro sem querer saber de nada, de conversa. Meteram spray de pimenta e mandaram eu embora para casa. Fui para casa. No domingo, dez horas do dia, a guarnição me viu na feira, já foi me prendendo, dizendo: 'Olha o cara que jogou pedra na polícia'. Já foi me agredindo no meio do pessoal, me deixaram trancado, me espancaram até umas seis para sete da noite. Bateram tanto em mim, que eu desmaiei e acordei apanhando ainda. Ainda disseram mais: se eu abrisse a boca, ia dar um sumiço em mim", relata uma das vítimas, em entrevista à TV Pajuçara.

A vítima do relato apresentou imagens que mostram ferimentos e manchas que denotam serem frutos de agressões. Segundo o advogado dele, André Faucz, o boletim de ocorrência precisou ser feito online, porque o homem não conseguia, até essa segunda-feira (22), levantar-se da cama, em decorrência das dores.

Já a mulher, que também afirma que polícia a agrediu fisicamente, jogou spray nela e ainda a arrastaram pela rua.

"A polícia chegou colocando todo mundo para dentro, jogou spray de pimenta no rosto de todo mundo e deu tiro de borracha em todo mundo. Jogaram uma pedra que não sei de onde, e eles disseram que fomos eu e meu esposo. Me arrastaram pelos cabelos, me arrastando pelo meio da rua, me algemaram. Meu marido disse: 'Não rapaz, faça isso com ela não'. Foi na hora que jogaram meu marido, jogaram spray de pimenta, e jogaram bicicleta nos peitos dele e tapas no ouvido dele", conta a mulher, em entrevista à TV Gazeta.

A mulher chegou a ser presa. Ela conta que, mesmo na delegacia, continuou, junto com o marido, a ser agredida. "Pegaram pelos meus cabelos e saíram me puxando de novo, dando na minha cara e na do meu marido", denuncia a mulher.

A PM informou que a guarnição foi acionada para verificar uma situação de perturbação ao sossego. E que, ao chegar, o dono do aparelho de som arremessou uma pedra na direção dos policiais, atingindo um deles no braço. Ainda segundo a PM, a mulher dele insultou os militares e eles reagiram em legítima defesa para acabar com as ofensas. A Polícia Militar disse ainda que é contra qualquer tipo de abuso e que orienta aos cidadãos procurarem a Corregedoria da Polícia Militar para efetuar denúncias.

 

Mariane Rodrigues*Com TV Pajuçara e TV Gazeta

 

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