Nicolas Tucat
Pela 1ª vez, percentual de uso do aparelho superou 50% entre os mais jovens, aponta IBGE
Pela primeira vez, mais da
metade das crianças e dos adolescentes de 10 a 13 anos conta com celular para
uso pessoal no Brasil, indicam dados divulgados nesta sexta-feira (16) pelo
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
De 2019 para 2021, o percentual nessa faixa etária que tinha o aparelho passou de 46,7% para 51,4%. O resultado integra um módulo da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) sobre tecnologia da informação e comunicação.
O maior percentual de crianças e jovens com celular foi verificado no Sul (59,4%). O Norte teve o menor (32,9%).
A série histórica teve início em 2016 e sofreu interrupção em 2020. A pausa ocorreu à época porque a coleta dos dados foi prejudicada pelas restrições do ano inicial da pandemia. Por isso, o foco da pesquisa é a comparação de 2021 com 2019, antes da crise sanitária.
O uso de celular aumentou de maneira geral nesse período. A proporção de pessoas com dez anos ou mais que tinha o aparelho subiu de 81,4% para 84,4%. No começo da série, em 2016, estava em 77,4%.
Em 2021, o maior percentual foi registrado na faixa de 30 a 34 anos: 93,4%. O menor ainda é relativo aos brasileiros de 10 a 13 anos (51,4%), apesar dos avanços recentes.
Na outra ponta da lista, preenchida pela população mais velha, com 60 anos ou mais, a proporção com celular subiu de 66,6% em 2019 para 71,2% em 2021.
Ainda segundo o IBGE, a
proporção de pessoas com dez anos ou mais que usou a internet no período de
referência da pesquisa subiu de 79,5% para 84,7% de 2019 para 2021.
Os percentuais cresceram em todos os grupos etários. A fatia com 25 a 29 anos registrou o maior nível de conexão: 94,5%.
Proporcionalmente, o grupo com 60 anos ou mais é o que menos utiliza a internet. Porém, de 2019 para 2021, o percentual de uso foi o que mais aumentou. Saiu de 44,8% para 57,5%, uma alta de 12,7 pontos percentuais. Assim, superou pela primeira vez o patamar de 50%, apontou o IBGE.
Folha de São Paulo