A confirmação consta no Relatório Epidemiológico 45, emitido pelo Ministério da Saúde (MS) | Foto: Reprodução |
Sesau diz que não há necessidade de pânico e recomenda que população continue seguindo as medidas sanitárias preconizadas pelas autoridades de saúde
Exame de sequenciamento
genético detectou o primeiro caso da subvariante BQ.1 da Ômicron-Covid-19 em
Alagoas. O dado consta no Relatório Epidemiológico 45, emitido pelo Ministério
da Saúde (MS). Mesmo não sendo motivo para pânico, a situação epidemiológica do
Estado será avaliada nesta quarta-feira (16), às 10 horas, na sede da
Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), em Jaraguá, durante reunião do Grupo
Técnico (GT) da Sala de Situação da Covid-19.
De acordo com o Centro de
Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs), trata-se de um homem
de 66 anos, residente em Maceió, com histórico de viagem para São Paulo (SP).
Segundo a investigação
epidemiológica, ele começou a apresentar os sintomas da Covid-19 no dia 15 de
outubro deste ano, mas nenhum dos seus contatos apresentou sintomatologia.
Mesmo tendo testado positivo para a doença, ele não precisou ser hospitalizado,
cumpriu o isolamento domiciliar como preconizado e já está plenamente
recuperado, seguindo com suas atividades normalmente.
Conforme o infectologista
Renee Oliveira, chefe do Gabinete de Combate à Covid-19 da Sesau, a população
alagoana não deve entrar em pânico, uma vez que a chegada da BQ.1 no Estado já
era esperada. Isso porque, segundo o especialista, por se tratar de um vírus,
que é propagado principalmente por pessoas que viajam para outros estados, era
só questão de tempo que Alagoas viesse a ter a circulação desta nova
subvariante.
Medidas Sanitárias - Diante
da confirmação do primeiro caso da subvariante BQ.1 da Ômicron-Covid-19 em
Alagoas, Renee Oliveira destacou que a população deve trocar o pânico pela
adoção das medidas sanitárias, propagadas exaustivamente pelas autoridades de
saúde pública. “Por esta razão, é necessário evitar aglomerações, fazer a
higienização das mãos frequentemente com água e sabão ou álcool em gel a 70%,
além de manter atualizado o esquema vacinal com a 1ª e 2ª doses, as duas doses
de reforço e, no caso dos imunossuprimidos, a dose adicional, já disponível em
Alagoas desde março deste ano", salientou.
Ele ressaltou que os
sintomas se assemelham aos apresentados pelas subvariantes da Ômicron já
identificados em Alagoas. "Os sintomas apresentados por pacientes são
parecidos com os da gripe e do resfriado comum, com o surgimento de coriza, dor
de garganta, tosse, dor de cabeça, dor no corpo, cansaço e febre. Por isso, as
pessoas que apresentarem esta sintomatologia devem fazer o teste para diagnóstico
e, em caso de resultado positivo, é necessário adotar os cuidados corretos de
isolamento, evitando propagar a doença”, recomendou o infectologista.
Renee Oliveira salientou que
é notório um relaxamento das medidas sanitárias preconizadas para evitar a
Covid-19. "É preciso que elas sejam seguidas, porque o novo coronavírus
não vai ser abolido, e o que deve ser feito é saber conviver com ele, seguindo
as medidas de proteção e completando o esquema vacinal”, alertou o
infectologista, ao destacar que há tendência do aumento de casos da Covid-19
neste fim de ano.
Dados epidemiológicos - Até
segunda-feira (14), Alagoas confirmou 321.810 casos de Covid-19, 531 estão em
investigação laboratorial, 314.243 conseguiram se recuperar da doença e 7.134
não resistiram às complicações causadas pelo novo coronavírus e evoluíram para
óbito. Quanto às internações por Covid-19, dos 130 leitos disponibilizados, 12
estão ocupados, o que representa uma taxa de ocupação hospitalar de 12%.
Agência Alagoas