O presidente eleito disse que 13 ministérios seguem com os nomes indefinidos e que espera fechar a lista até o início da próxima semana
O presidente eleito Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) anunciou, nesta quinta-feira (22/12), 16 novos
ministros que vão compor a Esplanada a partir de 2023. Entre eles, as primeiras
seis mulheres que farão parte do alto escalão.
O anúncio ocorre após o futuro governo conseguir a aprovação da PEC da Transição no Congresso, que garantiu espaço extra no teto de gastos de R$ 145 bilhões no próximo ano.
O presidente eleito Lula em coletiva de impresa para anúncio de novos ministros para o próximo governo. Ele e os indicados posam para foto com documento da transição na mão - Metrópoles
Seis mulheres, até o
momento, vão compor a Esplanada dos Ministérios do governo LulaRafaela
Felicciano/Metrópoles
Lula apresentou um balanço da transição durante o encontro e mencionou a aprovação da PEC da Transição: “Primeira vez que um presidente começa a governar antes da posse”Rafaela Felicciano / Metrópoles
Durante pronunciamento, Lula afirmou que recebeu o Brasil em "situação de penúria". "As coisas mais simples não foram feitas", reforçou. Rafaela Felicciano/Metrópoles
Lula ainda afirmou que
Bolsonaro "preferia contar mentiras no cercadinho do que governar esse
País".
O presidente eleito Lula em
coletiva de impresa para anúncio de novos ministros para o próximo governo. Ele
aparece sentado ao lado de sua mulher, Janja, e do futuro presidente do BNDES,
Aloízio Mercadante - Metrópoles
Expectativa é que o nome de
17 novos ministros seja anunciado nesta quinta-feira (22/12)Rafaela
Felicciano/Metrópoles
O vice-presidente eleito
Alckmin em coletiva de impresa para anúncio de novos ministros para o próximo
governo. No destaque, ele fala em púlpito para a plateia - Metrópoles
No repasse dos dados do GT,
o vice-presidente Geraldo Alckimin reforçou que a saúde e a educação foram as
que mais sofreram desmontes no último mandato
O vice-presidente eleito
Alckmin em coletiva de impresa para anúncio de novos ministros para o próximo
governo. No destaque, ele fala em púlpito para a plateia - Metrópoles
Alckmin foi anunciado, nesta
quinta-feira (22/12), como o ministro da Indústria e do Comércio do novo
governoRafaela Felicciano/Metrópoles
O presidente eleito Lula em
coletiva de impresa para anúncio de novos ministros para o próximo governo. No
destaque, o futuro presidente do BNDES, Aloízio Mercadante, sentado ao lado de
outro homem - Metrópoles
Aloizio Mercadante, à
esquerda, será o presidente do BNDES do novo governo Rafaela
Felicciano/Metrópoles
O presidente eleito Lula em
coletiva de impresa para anúncio de novos ministros para o próximo governo. Ele
fala de microfone na mão e com indicados aos ministérios atrás, o apludido -
Metrópoles
Lula anunciou, nesta
quinta-feira (22/12), 13 novos ministrosRafaela Felicciano/Metrópoles
O presidente eleito Lula em
coletiva de impresa para anúncio de novos ministros para o próximo governo. Ele
fala de microfone na mão e com indicados aos ministérios atrás, o apludido - Metrópole
Novos ministros do governo
LulaRafaela Felicciano/Metrópoles
O presidente eleito Lula em
coletiva de impresa para anúncio de novos ministros para o próximo governo. Ele
e os indicados posam para foto com documento da transição na mão - Metrópoles
Seis mulheres, até o
momento, vão compor a Esplanada dos Ministérios do governo LulaRafaela
Felicciano/Metrópoles
O governo de Lula contará
com 37 ministérios. Entre os novos nomes confirmados, está o do vice-presidente
eleito Geraldo Alckmin (PSB), que será ministro do Desenvolvimento, Indústria e
Comércio.
Já o ex-governador do Piauí
e senador eleito Wellington Dias (PT) será ministro do Desenvolvimento Social.
A pasta era almejada pela senadora Simone Tebet (MDB), que apoiou a chapa de
Lula no segundo turno contra Jair Bolsonaro (PL). A emedebista, porém, ainda
deve participar do governo.
O presidente eleito disse
ainda que 13 ministérios seguem com os nomes indefinidos e que espera fechar
todos os nomes até o início da próxima semana.
Os nomes confirmados nesta
quinta-feira são:
Relações Institucionais:
Alexandre Padilha
Secretaria-Geral da
Presidência da República: Márcio Macedo
Advogado-Geral da União:
Jorge Messias
Saúde: Nísia Trindade
Educação: Camilo Santana
Gestão: Esther Dweck
Portos e Aeroporto: Márcio
França
Ciência e Tecnologia:
Luciana Santos
Mulher: Cida Gonçalves
Desenvolvimento Social:
Wellington Dias
Cultura: Margareth Menezes
Trabalho: Luiz Marinho
Igualdade Racial: Anielle
Franco
Direitos Humanos: Silvio
Almeida
Desenvolvimento, Indústria e
Comércio: Geraldo Alckmin
Controladoria-Geral da
União: Vinicius Marques de Carvalho
Final da transição
Os grupos de transição do
novo governo também mostraram, nesta quinta, o relatório final e os pontos de
destaque. A apresentação conta com a presença de Alckmin, que coordenou o
trabalho, e dos futuros ministros escolhidos por Lula.
No anúncio da síntese do
resultado dos 32 GTs, Alckmin disse que o país “andou para trás” no governo
Bolsonaro, e fez um relato dos principais desafios encontrados em cada área.
“Na educação, a aprendizagem diminuiu, a evasão aumentou e houve quase um
colapso das universidades e dos institutos federais”, frisou o vice-presidente
eleito.
“Na segurança, essa
distribuição absurda de armas nas mãos das pessoas levou a um recorde no
feminicídio”, continuou. “No meio ambiente, tivemos aumento de 59% dos
desmatamentos na Amazônia entre 2019 e 2022. Uma devastação das florestas por
grileiros de terra, quando o grande desafio do mundo é combater as mudanças
climáticas”, assinalou.
“Enfim, infelizmente vimos
que houve desmonte do estado. Mais de 14 mil obras paradas. Isso não é
austeridade, é ineficiência de gestão. Teremos, enfim, uma tarefa hercúlea pela
frente”, completou Alckmin, que reafirmou, ao final, a vontade do novo governo
de resolver os problemas apresentados.
Lula agradece a transição e
o Congresso
“Estamos cumprindo a
primeira e grande importante fase de um novo governo que tomará posse em 1º de
janeiro de 2023”, discursou o presidente eleito. O evento foi realizado no
CCBB, em Brasília.
Lula começou agradecendo aos
presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), e da Câmara, Arthur Lira (PP),
aos líderes dos partidos e aos parlamentares pela aprovação da PEC. “Eu acho
que é a primeira vez que um presidente da República começa a governar antes da
posse”, destacou. “Todo mundo sabia que essa PEC não era nossa, era para cobrir
a irresponsabilidade do governo que vai sair”, criticou.
“Eu quero agradecer porque o
que parecia impossível aconteceu, com uma votação expressiva. Muitos partidos
que não são da base do governo apoiaram a PEC.”
Metrópoles