Fiscais atuam para destruir toda estrutura usada pelos garimpeiros e também para interromper o envio de suprimentos para o garimpo e o possível escoamento do minério extraído ilegalmente.
Fiscais do Ibama destruíram mais um helicóptero, um avião e maquinários usados por garimpeiros ilegais para extrair clandestinamente minérios das Terra Indígena Yanomami. Novas imagens da operação que visa retomar o controle do território foram divulgadas na noite dessa sexta-feira (10)
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Com a presença de
fiscalização dentro da Terra Yanomami, os invasores tem fugido pela floresta e
rios e deixado para trás os equipamentos usados na destruição meio ambiente. Ao
encontrá-los abandonados, os fiscais Ibama os destroem.
O helicóptero destruído
pelos fiscais estava coberto com uma espécie de rede camuflada. Por dentro, a
aeronave havia sido modificada para fazer o transporte de insumos aos invasores
- foi queimada lá mesmo, onde estava. O mesmo aconteceu com um avião de pequeno
porte usado na atividade ilegal.
Em outro momento, os fiscais
explodiram uma draga - maquinário que, com uma mangueira, suga o fundo do rio
em busca de ouro, processo devastador e que se usa o mercúrio para separar o
minério de outros sedimentos.
Materiais usados na logística do garimpo ilegal foram queimados — Foto: Ibama/Divulgação |
Além disso, foram destruídos
uma escavadeira e acampamentos montados dentro da Terra Yanomami. Fiscais do
Ibama, agentes da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e da Força Nacional
de Segurança Pública estão no território desde o dia 7 de fevereiro.
A ação faz parte da ofensiva
iniciada em 20 de janeiro, quando o governo federal decretou emergência de
saúde pública para atender indígenas da etnia Yanomami. Maior território
indígena do país, a Terra Yanomami enfrenta uma crise humanitária e sanitária
sem precedentes. Indígenas, entre crianças e adultos, enfrentam quadro severos
de desnutrição e malária.
Desde que começou a
movimentação de repressão ao garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami,
garimpeiros começaram a fugir do território. A estimativa é que ao menos 20 mil
garimpeiros estejam no território Yanomami, habitado por cerca de 30 mil
indígenas.
Cassiteria apreendida pelo Ibama — Foto: Ibama/Divulgação
Por: G1