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O Ministério da Justiça e Segurança Pública vai publicar uma portaria que prevê multa para as redes sociais que não cumprirem as regras para combater conteúdos que fazem apologia de violência e ameaças de ataques em escolas no Brasil, pessoas disseram à reportagem que uma possibilidade de aplicar as multas seria pela Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor). Segundo esse argumento, a sanção administrativa pode ser aplicada a um serviço que são é seguro para os consumidores.
O ministro Fávio Dino (PSB)
disse que a portaria será editada nas próximas horas e que as plataformas serão
obrigadas a fazer uma análise de risco sistêmico e implementar uma política de
moderação ativa.
"Daqui a pouco vou
editar a portaria que condensa as orientações para a Senacon porque se trata de
um serviço de consumo e também da Senasp [Secretaria Nacional de Segurança
Pública] fixando novas diretrizes", disse ele à GloboNews.
Segundo Dino, as plataformas
"lucram com esse mercado e portanto devem arcar com as sequências e zelar
pela segurança dos serviços".
O Twitter se nega a tirar do
ar conteúdo que faz apologia da violência nas escolas sob o argumento de que o
termo de uso da plataforma permite a divulgação do material.
O posicionamento da empresa
causou mal-estar em reunião promovida pelo Ministério da Justiça nesta
segunda-feira (10) com representantes das redes sociais.
Durante o encontro, do qual
participaram representantes de YouTube, Meta, Twitter, Kwai, TikTok, WhatsApp e
Google, a pasta pediu que as plataformas combatam de maneira mais eficiente os
perfis que divulgam esse tipo de conteúdo.
Folhapress