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O caso da jovem Monique Rafaela Oliveira da Silva, de 23 anos, encontrada morta no rio São Francisco, na cidade de Penedo, continua sob investigação da Polícia Civil, mesmo após o Instituto Médico Legal (IML) de Arapiraca ter divulgado que a garota morreu vítima de Obstrução das Vias Aéreas por Corpo Estranho (OVACE).
O delegado regional de Penedo,
Rômulo Andrade, informou que até o momento não recebeu o laudo cadavérico, mas
teve acesso à divulgação do IML com informações sobre a morte por engasgo. Ele
destaca que ainda está no prazo de 30 dias para concluir o inquérito e até lá,
nenhuma hipótese será descartada. “Até o momento não há indício de crime, mas
tem muita coisa que deve ser apurada porque traz dúvidas às investigações”,
resssalta.
Familiares de Monique já foram
ouvidos e outras seis pessoas foram intimadas a prestar depoimento na próxima
terça-feira (18). Agora a polícia está em busca de imagens de câmeras próximas
a um bar, onde Monique foi vista pela última vez, no dia 04 deste mês. Além
disso, o delegado também quer saber com quem Monique conversou nos dias que
antecederam sua morte. “Representei pelo extrato telefônico reverso da vítima
perante o juiz da comarca de Penedo para ter acesso aos últimos dias de
ligações e mensagens da vítima”, contou o presidente do inquérito.
Como Monique estava sendo
acompanhada pelo Caps (Centro de Atenção Psicossocial), o delegado oficiou a
equipe para obter mais informações sobre o acompanhamento que vinha recebendo.
A clínica Ulisses Pernambucano, em Maceió, também foi oficiada para prestar
esclarecimentos.
O caso - Segundo a Polícia, um
dia antes de ser encontrada morta, Monique deixou o celular na casa de um
irmão, onde estava morando. Ela contou para a mãe que estava indo encontrar uma
amiga na igreja. Naquele dia, segundo o delegado, a garota nem encontrou a
amiga, tampouco, foi à igreja.
No período da tarde, por volta
das 14 horas, ela foi vista próximo ao bar. No dia seguinte, seu corpo foi
encontrado por um pescador, boiando, próximo ao porto das balsas, em Penedo.
Laudo - De acordo com o perito
médico legista Germano Jatobá, responsável pelo exame cadavérico no corpo de
Monique Rafaela, a obstrução das vias aéreas por corpo estranho provoca a perda
de oxigenação dos tecidos evoluindo para uma parada cardiorrespiratória.
Segundo ele, a partir de 15 minutos com o coração parado, a vítima já poderá
ter graves sequelas, podendo evoluir para a morte, como foi o caso da jovem.
TNH1