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Acidente aéreo ocorreu em novembro de 2021, em Piedade de Caratinga, região Leste de Minas Gerais. Além da cantora, outras quatro pessoas morreram, incluindo os pilotos.
A Polícia Civil de Minas
Gerais atribuiu a responsabilidade da queda de avião que matou Marília Mendonça
e outras quatro pessoas aos pilotos da aeronave, que estavam entre as vítimas.
Como os responsabilizados não sobreviveram e não poderão ser punidos, o caso
foi arquivado.
A informação foi incluída na conclusão
do inquérito sobre o acidente aéreo, que foi apresentada nesta quarta-feira
(4). A aeronave caiu em novembro de 2021, em Piedade de Caratinga, região Leste
de MG.
De acordo com o delegado de
Caratinga, Ivan Lopes, a investigação constatou que houve negligência e
imprudência por parte do piloto, Geraldo Medeiros, e do copiloto, Tarciso
Viana.
Lopes informou que, antes do
acidente, não foi feito contato com outros profissionais para a realização do
pouso no aeródromo, que era desconhecido pelos pilotos. Este tipo de contato é
a conduta comum nesse tipo de procedimento.
A polícia considerou ter
havido homicídio culposo (quando não há intenção de matar) triplamente
qualificado por parte do piloto e do copiloto, com a extinção da punibilidade
devido à morte dos dois tripulantes.
Segundo o delegado, a
investigação descartou várias outras possibilidade, como falha mecânica, mal
súbito ou até mesmo um possível atentado.
O que diz a defesa do piloto
O advogado da família do
piloto, Sérgio Alonso, se manifestou sobre as informações apresentadas pela
polícia.
“As conclusões da polícia de
Caratinga não têm fundamento nas provas do inquérito e é até injuriosa com a
imagem do piloto e copiloto”, disse.
Ainda segundo Alonso, o
acidente ocorreu “porque a Cemig instalou a rede de alta tensão na reta final
do aeródromo de Caratinga na altitude do tráfego padrão, que é de mil pés, cujo
aeródromo não tinha Carta Visual de Aproximação”.
O advogado também relembrou
que a Cemig seguiu a recomendação do Centro de Investigação e Prevenção de
Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Força Aérea Brasileira, e instalou a
sinalização na linha de transmissão no dia 1º de setembro. Disse que o
Departamento de Controle Aéreo (Descea) fez a Carta de Aproximação Visual e
elevou a altitude padrão para 1350 pés, que é superior à linha de transmissão.
“Se tudo isso tivesse sido
feito anteriormente, não teria ocorrido o acidente”, declarou.
Em nota, enviada à época da
instalação da sinalização nas torres da transmissão, a Cemig afirmou que
atendeu ao pedido feito pela Cenipa e pelo Comando da Aeronáutica (Comaer) em
caráter excepcional, destacando que não havia “fundamento legal e técnico para
a recomendação” conforme reconhecido pelas duas instituições.
G1