A partir de fevereiro de 2024, o Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro passará a oferecer a vacina Qdenga, destinada à proteção contra a dengue.
O Ministério da Saúde destaca que o
Brasil será pioneiro mundial na implementação da vacinação contra a dengue no
sistema público de saúde. Ao longo de 2024, entre fevereiro e novembro, serão
disponibilizadas 5.082 milhões de doses, com foco inicial em públicos e regiões
prioritárias, alcançando cerca de 3,1 milhões de pessoas.
A vacina Qdenga (TAK-003),
desenvolvida pelo laboratório japonês Takeda Pharma, recebeu aprovação da
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março de 2023. Recomendada
para pessoas entre 4 a 60 anos, a vacina será administrada em duas doses, com
intervalo de três meses, abrangendo inclusive aqueles que já tiveram dengue. A
estratégia visa a prevenção da doença em suas diversas formas.
O infectologista Fernando
Chagas explica que a Qdenga é composta por um vírus atenuado do tipo DENV 2,
com fragmentos dos outros 3 tipos de dengue. Em estudos, a vacina demonstrou
uma eficácia média de 80%, reduzindo casos e prevenindo formas graves da doença.
Os efeitos adversos têm sido leves, durando em média de 1 a 3 dias. Contudo,
certos grupos, como gestantes e imunossuprimidos, não poderão receber a vacina
devido aos riscos.
Chagas ressalta que a
vacinação contra a dengue é uma estratégia crucial para combater o vírus,
proporcionando não apenas a redução de casos, mas também a diminuição de
óbitos. A ausência de tratamentos específicos para o vírus torna a vacina uma
ferramenta essencial para fortalecer as medidas de controle e prevenção da
doença no Brasil.
Fonte: Agora Alagoas