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  Estudo revela que ter uma tatuagem está associado a um risco 21% maior de desenvolver câncer do tipo linfoma entre os 20 e 60 anos

Tatuagem pode aumentar risco de câncer do tipo linfoma, mostra estudo

 



Estudo revela que ter uma tatuagem está associado a um risco 21% maior de desenvolver câncer do tipo linfoma entre os 20 e 60 anos

 

Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Lund, na Suécia, mostra evidências de que pessoas que têm tatuagens correm 21% mais risco de desenvolver câncer do tipo linfoma no futuro, em comparação às não tatuadas.

 

O linfoma é um tipo de câncer que afeta o sistema linfático, a parte do sistema de defesa do organismo contra infecções.

 

Os detalhes da pesquisa foram divulgados em um artigo publicado na edição de junho da revista eClinicalMedicine. Os autores do estudo acreditam que os produtos químicos usados na tinta da tatuagem são interpretados pelo organismo como algo estranho. Assim, o sistema imunológico seria ativado, causando uma inflamação de baixo grau no corpo que pode desencadear o câncer.

  

O estudo foi feito com 11.905 pessoas, selecionadas a partir de registros populacionais. Dessas, 2.938 tinham recebido um diagnóstico de linfoma com idades entre 20 e 60 anos.

 

Cerca de 1,4 mil pessoas com linfoma e outras 4.193 do grupo de controle responderam a um questionário sobre fatores de estilo de vida. Elas informaram se tinham tatuagem ou não e se fumavam, por exemplo.


Antes de entrevistar os voluntários, os pesquisadores acreditavam que o tamanho da tatuagem poderia estar relacionado com um maior risco de desenvolvimento do câncer. Contudo, após analisarem as respostas, eles perceberam que a quantidade de pele tatuada era pouco importante.

 

Os autores do artigo lembraram que a maioria das pessoas faz sua primeira tatuagem ainda jovem, o que as deixa expostas à tinta durante grande parte de sua vida.

“Só podemos especular que uma tatuagem, independente do tamanho, desencadeia uma inflamação de baixo grau no corpo, que por sua vez pode se tornar um câncer. O quadro é, portanto, mais complexo do que pensávamos inicialmente”, afirma a pesquisadora Christel Nielsen, líder do estudo.

 

A equipe de Nielsen seguirá estudando o tema, agora com foco em descobrir se existe alguma ligação entre tatuagens e outros tipos de câncer.

 

Linfoma

Embora possa ocorrer em todas as faixas etárias, o linfoma é mais comum em pessoas com idade acima de 50 anos, de acordo com o Ministério da Saúde. Existem dois tipos de linfomas: de Hodgkin e não Hodgkin.

 

O sintoma mais característico da doença é o aparecimento de caroços e ínguas em locais como a virilha, o pescoço e as axilas. Mas os pacientes também podem apresentar febre à noite, perda súbita de peso, anemia e alterações no exame de sangue.



Fonte: Metrópoles 

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