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Ex-presidente foi atingido de raspão na orelha durante comício neste sábado e "passa bem"; atirador de 20 anos morreu
O ex-presidente e candidato
republicano na corrida à Casa Branca neste ano Donald Trump sofreu um atentado
neste sábado (13), por volta das 18h15 (horário local), durante um comício na
Pensilvânia. Logo após o incidente, ele foi levado às pressas pelo Serviço
Secreto americano para fora do palco, ensanguentado, após ter sido atingido de
raspão na orelha.
Quando os tiros foram ouvidos,
Trump tocou sua orelha direita com a mão direita, depois abaixou a mão para
olhá-la, antes de se ajoelhar atrás do púlpito e que os agentes do Serviço
Secreto o cercassem. Ele emergiu cerca de um minuto depois sem seu chapéu
vermelho escrito “Tornar a América Grande de Novo” na cabeça e pôde ser ouvido
dizendo “esperem, esperem”, antes que os agentes o levassem para um veículo que
o aguardava.
O ex-presidente “passa bem”,
segundo informou sua campanha, pouco após o atentado. No final da noite, Trump
utilizou sua plataforma social Truth para se pronunciar: “Fui atingido por uma
bala que perfurou a parte superior da minha orelha direita “, disse. “Houve
muito sangramento.” No dia seguinte, o republicano fez uma nova postagem na
rede Truth, dizendo: “Neste momento, é mais importante do que nunca que nos
mantenhamos unidos e mostremos nosso verdadeiro caráter como americanos,
permanecendo fortes e determinados”.
Trump deixou o hospital ainda
no próprio sábado, de acordo com a emissora CBS News – e não há informações
sobre sua agenda pública neste domingo, após o atentado. Originalmente, ele
iria para sua propriedade em Bedminster, Nova Jersey, após o comício.
Além disso, neste domingo
(14), estava programada uma viagem para Milwaukee, Wisconsin, onde deve começar
a Convenção Nacional Republicana, na segunda-feira (15). Trump deve receber a
indicação republicana formalmente nesta convenção.
A campanha de Trump confirmou
que ele vai comparecer à convenção. Os disparos ocorrem menos de quatro meses
antes da eleição de 5 de novembro, quando Trump enfrentará uma revanche
eleitoral com o presidente democrata Joe Biden.
O atirador de Trump e os
mortos
O FBI (Federal Bureau of
Investigation) identificou o autor do disparo que atingiu Trump como Thomas
Matthew Crooks, de 20 anos. O suposto atirador foi morto por agentes de
segurança após disparar um rifle semiautomático do tipo AR-15, matando um
espectador e ferindo outros.
O incidente está sendo tratado
como uma tentativa de assassinato, e o motivo ainda não foi determinado,
segundo o FBI, que divulgou no final de domingo que Crooks agiu sozinho.
Crooks, inicialmente, não
tinha antecedentes criminais e era filiado ao partido republicano, conforme
registros eleitorais. Mas, de acordo com a Bloomberg, ele doou US$ 15 para o
Progressive Turnout Project, uma organização que visa mobilizar eleitores democratas,
em janeiro de 2021.
Segundo o Wall Street Journal,
o atirador tinha dispositivos explosivos em seu carro, que estava estacionado
perto do comício de Trump.
Além do atirador, uma pessoa
da plateia morreu e outras duas ficaram gravemente feridas, segundo informações
do Serviço Secreto.