Júlia foi encontrada morta na casa do namorado | Reprodução/Rede Social |
A Polícia Científica de Alagoas deu detalhes sobre a perícia criminal realizada na casa onde Julia Kauanny Bezerra dos Santos, a menina de 13 anos baleada na cabeça, morreu em Santana do Ipanema, Sertão do Estado.
A Polícia Militar divulgou que um adolescente de 15 anos, namorado da vítima, fugiu do local e é suspeito do crime. No entanto, a Polícia Científica busca esclarecer se o disparo foi acidental, ou se foi um caso de feminicídio, ou até mesmo de suicídio.
A perícia foi conduzida pela
perita criminal Daniele Araújo, do Instituto de Criminalística de Arapiraca.
Ela destacou que uma lesão de entrada na face esquerda da vítima foi
encontrada, com saída pela região occipital (parte de trás da cabeça), mas a arma
de fogo, responsável pelo disparo, não foi encontrada no local do crime.
"Inicialmente, o crime
foi registrado como homicídio, aparentemente resultado de um disparo acidental
de arma de fogo. O suposto autor do disparo seria o próprio namorado da vítima,
que se evadiu do local antes da chegada das guarnições das forças de segurança.
A família dele também não se encontrava na residência", explicou a Polícia
Científica.
Daniele Araújo explicou que
equipes do Corpo de Bombeiros e policiais militares chegaram antes da perícia
para prestar os primeiros socorros e confirmar o óbito. Além da análise do
corpo, a perita coletou amostras das mãos de Julia Kauanny para realização do
exame residuográfico que identifica a presença de resíduos de pólvora.
O exame pode indicar se a
vítima realizou disparos de arma de fogo e fornecer informações adicionais
sobre a dinâmica do disparo. O material coletado durante o exame nas mãos da
adolescente será encaminhado para o Laboratório Forense do Instituto de Criminalística
de Maceió para análise.
Júlia morreu na residência do
namorado, na Rua Deputado Siloé Tavares, que fica no bairro Camuxinga. A
adolescente teria sido atingida por um disparo enquanto estava no quarto da mãe
do namorado, também menor de idade.
TNH1 com Ascom Polícia
Científica