Paulo vive convive com a doença há 13 anos e nos últimos dois está acamado | Foto: Reprodução / TV Pajuçara |
O município de Feira Grande, cidade com pouco mais de 22 mil habitantes situada no Agreste alagoano, é o segundo do Brasil no número de casos da doença de Huntington, uma doença hereditária que causa movimentos aleatórios involuntários. São 23 pacientes em tratamento em Feira Grande, fazendo com o que a taxa de prevalência da doença fique atrás somente de Senador Sá, no estado do Ceará.
Dona Edselma Vieira, de 56
anos, trabalhava como gari e há 10 anos foi diagnosticada com a doença de
Huntington. Mas a situação se agravou nos últimos dois anos, quando ela perdeu
a capacidade motora, passou a ter dificuldades para falar e apresentar uma
aceleração nos movimentos involuntários.
A doença de Huntington é rara
e hereditária, a probabilidade de passar de pais para filhos é de 50% e os
sintomas começam a aparecer entre 30 e 50 anos. Aline Vieira é filha e
cuidadora de Edselma. Aos 37 anos, ela diz ter medo de fazer o exame e ser diagnosticada
com a doença. "Se descobrir, acho que acabou tudo. Eu não quero descobrir
agora. Como ela é minha mãe, sei que corro o risco de ter, mas no momento não
quero saber", disse.
Só na família de Edselma
Vieira, ela e mais quatro têm diagnósticos para a Doença de Huntington. Paulo
Vieira, de 43 anos, foi diagnosticado há 13 anos e há dois anos vive acamado,
como parte das complicações da doença. Outro irmão, Luciano Vieira, diz que a
doença está evoluindo e que tem dificuldades para fazer coisas simples, como
vestir uma camisa.
As causas da doença estão
relacionadas à genética do paciente, mais especificamente a um gene conhecido
como HTT. A doença de Huntington se manifesta quando esse gene HTT se repete
mais vezes do que deveria. Não existe cura para a doença de Huntington. O
tratamento visa aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos
pacientes, maximizando sua capacidade de ser funcional.
A reportagem da equipe da TV
Pajuçara foi até Feira Grande e mostra as condições físicas dos afetados com a
doença. Assista, abaixo, à matéria de Ivan Lemos e Henrique Moura, com produção
de Handson Holanda, da TV Pajuçara/Record:
Eberth Lins com TV Pajuçara